Interregno...

Isto mesmo!... Um interregno sobre Petra e a Jordânia. Tenho mais fotos que quero mostrar, mas para vos desenjoar, apresento um grande amigo meu. Ramon Baylina. Fotografo que vive em Alt Àneu, Pallars. Trabalha em meteorologia e aproveita o lugar onde vive, para fotografar a natureza. São dele estas lindíssimas "Macro Gel".

Gente de Petra

Os nabateus, vivendo numa área desértica, interessaram-se pela água e agricultura.
Cercados pelas cidades da " Decapolis", armazenavam e canalizavam a água. Construíram viadutos, pontes e barreiras para se protegerem de inundações.
Tinham um sistema de irrigação muito avançado, talhado nas rochas.
Na entrada do Siq, ainda o podemos apreciar.
Moedas cunhadas com inscrições de várias celebrações, mostram-nos a sua cultura.
O reinado de Aretas foi dos mais prósperos. Ao mesmo tempo que se dedicavam à agricultura, construíam o Teatro.
Gostavam de conviver com gente de cultura, como poetas e filósofos.
As tribos de nabateus emigraram, desde o noroeste da Arábia, no século ( VI a. C.).
O último Rei nabateu, foi Rabel que morreu em (106 d.C.).
Desde essa época, passou a ser província de Roma, conquista de Trajano.
A arte nabateia deu ao mundo, uma herança de Oriente antigo, Grego e Romano. Visível em Petra, em Obeliscos, Estátuas e Tumbas.
O famoso historiador Estrabon, descreveu os nabateus, no( século I a. C.), elogiando esta civilização.
Hoje, só trabalham em Petra nabateus, por protecção governamental. São afáveis, bonitos e mostram o seu porte, quer estejam trajados como antigamente ou modernizados pelo convívio actual com estrangeiros. Petra tem muito turismo, mas com qualidade.

Petra em continuação...

Segundo o poema de Dean Burgon, "Faz-me igual à maravilha tão bem guardada pelo Sol de Este/ uma cidade rosada tão antiga como o tempo..."
Mais algumas fotos, sobre as fantásticas rochas da cidade de Petra.

Petra, cidade rosa

Petra, cidade dos nabateus. Trabalham ainda aí, hoje. Por protecção do governo, e como primazia.
Cidade de rochas rosa e violeta, situada a 255km. de Amman.
A cidade de Wadi Mosa.
Pensa-se que Moisés ia buscar a água, nestas pedras.
Maravilhas escavadas nas rochas, datadas de ( 300 a 400, a. C.).
O Túmulo dos Obliscos, o Siq, o Canyon, com mais de um km. de comprimento, leva-nos ao Tesouro de Al-Khaznch.
Grandiosa escultura escavada nas pedras e decorada com colunas e esculturas de rara beleza.
A rua das fachadas, Tumbas Reais, o Teatro, a Fonte do Leão, o Columbario, ruínas do Ninfeo, Tumba da Urna.
O imponente Mosteiro, no cimo das montanhas. Para visitar precisamos de estar bem fisicamente! Aqui se fizeram parte das filmagens de Indiana Jones,( Spielberg ).
As ruínas de Petra são consideradas muito importantes. Sempre nos maravilharemos a cada visita que se lhes faça.
Nas suas escavações foram encontrados utensílios, datados de (10.000 anos a. C.).
As rotas de caravanas gregas, egípcias, romanas de ( IV a. C. ), constituíram Petra como a ponte entre três continentes.
Em várias postagens, a seguir, colocarei algumas fotos destas maravilhas...

Jerash, Jordânia

O Grande Cardo, o Templo de Zeus, o Arco do Triunfo, a praça Oval, o Teatro, a Catedral, o templo de Artenisa, O Ninfeo...
Tudo isto bem conservado, imponente, na cidade Romana de Jerash, a norte de Amman.
Uma das mais belas cidades do Médio Oriente. As ruínas datam de diferentes períodos.
Neolitico, grego, Romano e Bizantino.
Com os romanos, chamou-se Gerasa e foi uma das mais importantes cidades da Decápolis.
Até uma das maiores cidades do Império Romano.
Foi destruída por vários e grandes terremotos.
O Templo de Zeus impressiona pela grandiosidade.
O Teatro com capacidade para 3000 espectadores. Uma das características é a sua acústica.
Impressionante, pois fiz pessoalmente a experiência.
O Cardo, rua das colunas, com mais de quinhentas.
A calçada empedrada, com blocos grandes, pedra da região, começa na Praça Oval.
Dois Tetrapilos, enfeitam a intercepção da rua principal. Marcam o Norte e Sul da Cidade.
A Catedral é um dos primeiros edifícios Cristãos de Jerash e data de( 359 d. C.)
Artemisa, Deusa protectora da fertilidade e generosidade. Construído entre (138 e 174 d. C.).
Depois de conquistar a Siria, Balduíno II, não podendo conquista-la, encendiou-a.
Destruiu uma grande parte deste grandioso templo.

Templo de Hércules, na Cidadela

Nos arredores de Amman, está a Cidadela. As escavações revelaram restos de épocas Romanas, Bizantinas e Islâmicas.
O nome antigo desta grande cidade era, Filadelfia. Imponente o Templo de Hércules ou de Amman, como também é conhecido. Construído durante o reinado do Imperador Marco Aurélio, (161.180 d.D.).
Restos de uma pequena Basílica Bizantina onde existem ainda as colunas, datada dos séculos (VI d. C.).
Restos de um Palácio Omeya, o mais impressionante edifício da Cidadela, com a sua cúpula a dominar nas ruínas.
Filadelfia, nome dado pelo Gobernador Filadelfo, no século( III a. C.). A cidade acabará por ser governada também, pelo General romano Pompeyo que anexou a Siria e a introduziu na liga de Decápoles. Dez cidades ligadas a Roma.
Amman moderna, começou no fim do século XIX, pela mão dos otomanos. Amman era conhecida como Rabbath-Ammon, a cidade da água.Quando falam de água, faz-nos pensar quão mal agradecidos somos. Com os nossos caudalosos rios que nem sempre cuidamos bem.

Amra, e o deserto da Jordânia

O Castelo de Amra é património da Unesco. Fica a 85 km. de Amman e está em óptimas condições. É dos mais belos castelos do Deserto. Pensa-se ter sido do Califa Yazid III e ter como data de início, (715). É um dos melhores exemplos de arte Islâmica.
Descoberto em 1898 e restaurados os frescos em 1970. Mostram a vida de então, através de pinturas e também nos mosaicos, em belos pavimentos. Na nave central, um tecto abobadado, com uma lindíssima pintura do Zodíaco.